domingo, 20 de setembro de 2009

Quando a porta se fecha...


Sábado, enquanto esperava minha esposa terminar um projeto de decoração em uma loja do ramo da cidade, fiquei conversando com o gerente. Ele estava contente com o volume de negócios feitos, mas tinha ressalvas. Me dizia que os vendedores estavam contentes e poderia vender muito mais, mas tinha que respeitar o horário de fechar as portas às 14h, por imposição do sindicato local. "Mas você tem que fechar mesmo que os vendedores queiram permanecer trabalhando? Eles ganham por comissão sobre vendas e ninguém quer deixar de faturar...", questionei. Ele me disse que sim e acrescentou: "onde você acha que os clientes vão, ao deparar com as portas de nosso comércio fechado? Gastar em outra cidade!", respondeu. Fiquei pensando nisso. Acho que de fato, os sindicatos realizam um importante trabalho na defesa dos direitos das classes de trabalhadores que representam. Mas que poderiam ser menos inflexíveis. O gerente me disse que chegou a se dispor a pagar R$ 100 a mais para cada funcionário se o sindicato permitisse a dilatação do horário em determinados dias, onde a rede da loja promoções e divulga isso em campanhas publicitárias de rádio e TV. "Lojas de outras cidades permanecem abertas e vendem muito. Mas nós, de Limeira, não podemos, devido à imposição do sindicato", sustenta o gerente. Taí uma situação curiosa, algo a se ponderar. Que esteja aberta a discussão.
Assis Cavalcante

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